terça-feira, 12 de outubro de 2010

Depois Da Meia Noite

São 1:15 da manha,este é o décimo copo de conhaque que derramo
Estou sozinha,faz frio lá fora
Apenas os livros que você não quis permanecem ao meu lado
Minha cabeça está girando,me sinto tão inútil

São 3:30 da manha,este é o décimo quinto cigarro que acendo
A única coisa que consigo fazer é me arrastar pelo chão
Minhas roupas continuam sujas de sangue
E eu que pensava que cortar os pulsos era solução para algo

São 4:20 da manhã,começo a ter alucinações
Minha visão falha,e o quarto permanece escuro
Não consigo encontrar uma gota sequer de bebida
A única coisa que sinto é o gosto das lágrimas

São 5:10 da manhã,é impossível dormir
Começo a ver imagens subindo pelas paredes
O dia logo amanhecerá
Eu não queria testemunhar isso

São 6:20 da manha,o sol invade minha janela
Eu queria estar morta para não ver isso
Nos meus pulsos,marcas do sangue que secou
Meu quarto inteiro cheira a conhaque

São 7:00 da manhã,posso ter uma noção do estrago
Pelo chão,além de mágoas,garrafas de cerveja,restos de cigarros
Um cheiro metálico de sangue se difunde com cheiro de alcóol
O que torna minha respiração algo impossível

E assim,dizem que foi...o fim da minha vida,depois da meia noite.




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