segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Mémorias de Uma Misantropa

Estou aqui suspensa sob meu corpo que jorra sangue
Ao meu lado meu pai segura uma faca,meu assassino
Espero poder voltar,mas há apenas escuridão
Ouço poucos sons que vem de fora
A chuva cai,a noite se engradesse, e meu pai apenas chora
Não sinto dor,apenas ansiedade
Já teria imaginado como seria as trevas
Não sinto medo,sentirei falta de meu pai,meu assassino
Tento me distrair com a simbologia no teto
Eu esperei alguém me chamar,nada aconteceu
A espera é cortante,não consigo ver muita coisa
Apenas um pai,um assassino arrependido provando do meu sangue
Uma luz,poderia ser da lua,invade aquele altar
Ilumina meu corpo molhado de lágrimas de um assassino
Eu poderia esperar para ver todos aqueles que sentirão falta
Mas não tenho tempo
Alguém me aguarda no lado escuro do mundo inferior
Então com minhas vestes sujas de sangue
E meu rosto molhado com a lágrimas de meu assassino
Faço meu corpo virar pó ,minha alma submerge em escuridão
Apenas ruínas,trevas,solidão
A solidão seria um bom fim para uma estúpida misantropa.

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